VOLTE AO PRIMEIRO AMOR
Apocalipse
Capitulo 2.1-5
Autor João. Ele conhecia bem as igrejas da Ásia menor.
Escrito em um tempo de perseguição- Mais provável no final do tem do
Imperador Domiciano, por volta de 95.
Escrito para as sete igrejas da Ásia que viviam ensino herético, fervor
declinante, comprometimento com a sociedade pagã.
Em Apocalipse João nos mostra:
Deus soberano
Cristo, Rei.
Já e ainda não- O que é apontado que será no fim, já começa a cumprir na primeira
vinda.
A disposição de sofrer por Cristo é o caminho para a vitória final
A natureza imitadora das forças satânicas.
Teologia- Apocalipse termina, onde Gênesis começa.
Apocalipse tem mais alusão ao A.T. que todos os livros do N.T juntos.
Daniel, Ezequiel, Êxodo.
2. Não apenas imperava na cidade o
misticismo cheio de idolatria, mas também a perseguição implacável àqueles que
buscavam ser fiéis a Deus. Também prevalecia na cidade a imoralidade. Naquela
cidade, como hoje, o diabo usou suas duas táticas prediletas: perseguição ou
sedução. Oposição ou ecumenismo (Hernandes).
3. Paulo visitou a cidade de Éfeso no
final da segunda viagem missionária, por volta do ano 52 d.C. Em sua terceira
viagem, passou lá 3 anos (At 20.31). Houve sinais de avivamento ali: 1) As
pessoas ao ouvirem o evangelho vinham denunciando publicamente as suas obras;
2) As pessoas que se convertiam rompiam totalmente com o ocultismo, queimando
seus livros mágicos; 3) O evangelho espalhou-se dali por toda a Ásia Menor
(Atos 19).
4. Durante a sua primeira prisão em Roma, Paulo escreveu a carta aos
efésios, agradecendo a Deus o profundo amor que havia na igreja. Timóteo é
enviado para ser pastor da igreja. Mais tarde o apóstolo João pastoreia aquela
igreja. Agora, depois de quarenta anos que a igreja fora fundada, na segunda
geração de crentes, Jesus envia uma carta à igreja, mostrando que ela
permanecia fiel na doutrina, mas já havia se esfriado em seu amor.
I. JESUS SE APRESENTA
A IGREJA PARA LHE DAR SEGURANÇA -V.1
1. Jesus se apresenta como aquele que está presente e em ação no meio
da sua igreja
• A presença manifesta do Cristo vivo no meio da igreja é a sua maior
necessidade. Em nossa teologia perdemos o impacto dessa verdade, da
presença real de Cristo entre nós. Temos a ideia de Cristo no céu, no trono,
reinando à destra do Pai. Mas não temos a visão clara de que ele está aqui
nesta noite no meio da congregação. Perdemos o impacto da presença de Cristo em
nosso louvor, em nossas reuniões, em nossos encontros. Cremos na sua
transcendência, mas não vivenciamos sua imanência. Perdemos o senso da glória
do Cristo presente entre nós.
II. JERSUS ELOGIA A SUA NOIVA PELAS SUAS VIRTUDES - V. 2-3,6
• Jesus destaca três grandes virtudes da igreja de Éfeso, dignas de
serem imitadas:
1. Era uma igreja fiel na doutrina - v. 2-3,6
• Mesmo cercada por perseguição e mesmo atacada por constantes heresias,
essa igreja permaneceu firme na Palavra, contra todas as ondas e novidades que
surgiram. Jesus já alertara sobre o perigo dos lobos vestidos com peles
de ovelhas (Mt 7:15). Paulo já havia avisado os presbíteros dessa igreja
(At 20:29-30) sobre os lobos que penetrariam no meio do rebanho e sobre aqueles
que se levantariam entre eles, falando coisas pervertidas para arrastar atrás
deles os discípulos. Agora os lobos haviam chegado.
• O apóstolo João nos advertiu a provar os espíritos, porque há
muitos falsos profetas (1 Jo 4:1). A igreja de Éfeso estava enfrentando os
falsos apóstolos, que se autodenominavam apóstolos, ensinando à igreja heresias
perniciosas (2:2).
• A igreja de Éfeso tinha discernimento espiritual - tornou-se
intolerante com a heresia (v. 2) e com o pecado moral (v. 6).
• Os Nicolaítas (destruidores do povo) pregavam uma nova versão
do Cristianismo. Eles pregavam um evangelho sem exigências, liberal, sem
proibições. Eles queriam gozar o melhor da igreja e o melhor do mundo. Eles
incentivavam os crentes a comer comidas sacrificadas aos ídolos. Eles ensinavam
que o sexo antes e fora do casamento não era pecado. Eles acabavam estimulando
a imoralidade. Mas a igreja de Éfeso não tolerou a heresia e odiou as obras dos
Nicolaítas.
• Estamos vivendo a época da paganização da igreja - Cada culto
tem um tom doutrinário. A igreja não tem mais uma linha. O que determina não é
mais a Palavra, mas o gosto da freguesia. A igreja prega o que dá ibope. A
igreja oferece o que o povo quer ouvir. A igreja está pregando outro evangelho:
o evangelho do descarrego, da quebra de maldições mesmo para os salvos, da
prosperidade material e não da santificação, da libertação e não do
arrependimento.
• A igreja está perdendo a capacidade de refletir - Os crentes
hoje não são como os bereanos, nem como os crentes de Éfeso fiéis à doutrina.
Estamos vendo uma geração de crentes analfabetos da Bíblia, crentes ingênuos
espiritualmente. Há uma preguiça mental doentia. Os crentes engolem tudo aquilo
que lhes é oferecido em nome de Deus, porque não estudam a Palavra. Crentes que
já deveriam ser mestres, ainda estão como crianças agitadas de um lado para o
outro, ao sabor dos ventos de doutrina. Correm atrás da última novidade. São
ávidos pelas coisas sobrenaturais, mas deixam de lado a Palavra do Deus vivo.
2. Era uma igreja envolvida com a obra de Deus - v. 2
• A igreja de Éfeso não era apenas teórica, ela agia. Havia labor,
trabalho intenso. Era uma colidia industriosa. Os crentes eram engajados e não
meramente expectadores. A congregação se envolvia, não era apenas um auditório.
• A igreja não vivia apenas intra-muros. Não se deleitava apenas em si
mesma. Não era narcisista. Por meio dela o evangelho espalhou-se por toda a
Ásia Menor.
• Jesus pode dizer o mesmo a nosso respeito? Temos sido uma igreja
operosa? Você tem sido um ramo frutífero da Videira Verdadeira? Você tem sido
um membro dinâmico do Corpo?
3. Era uma igreja perseverante nas tribulações - v. 2-3
• Ser crente em Éfeso não era popular. Lá ficava um dos maiores centros
do culto ao imperador. Muitos crentes estavam sendo perseguidos e até mortos
por não se dobrarem diante de César. Outros estavam sendo perseguidos por não
adorar a grande Diana dos Efésios. Outros estavam sendo seduzidos a cair nos
falsos ensinos dos falsos apóstolos. Mas, os crentes estão prontos a enfrentar
todas as provas por causa do Nome de Jesus. Eles não se esmoreciam.
• Permaneceremos fiéis quando somos perseguidos, provados e seduzidos?
Hoje muitos crentes querem a coroa sem a cruz. Querem a riqueza sem o trabalho.
Querem a salvação sem conversão. Querem as bênçãos de Deus sem o Deus das
bênçãos.
• A igreja atual está perdendo a capacidade de sofrer pelo evangelho
- A igreja hoje prefere ser reconhecida pelo mundo do que conhecida no céu.
Perdeu a capacidade de denunciar o pecado. Esquemas de corrupção já estão se
infiltrando dentro das igrejas. Já temos igrejas empresas. A igreja está se
transformando em negócio familiar. O púlpito está se transformando num balcão,
o evangelho num produto e os crentes em consumidores. Pastores com ares de
super-espirituais já não aceitam ser questionados. Estão acima do bem e do mal.
Estão acima dos outros e até da verdade. Consideram-se os "ungidos".
Dizem ouvir a voz direta de Deus. Nem precisam mais das Escrituras. E o povo
lhes segue cegamente para a sua própria destruição.
III. JESUS REPREENDE A SUA NOIVA PELO ESFRIAMENTO DO SEU AMOR-V. 4
1. Abandonamos o nosso primeiro amor, quando substituímos o amor a
Jesus pela ortodoxia e pelo trabalho
• A luta pela ortodoxia, o intenso trabalho e as perseguições levaram a
igreja de Éfeso à aridez. Uma esposa pode ser fiel ao seu marido sem amá-lo
com toda a sua devoção. Ela pode cumprir com os seus devores, mas não motivada
por um profundo amor.
• A Noiva de Cristo abandonou o seu primeiro amor - O amor é a
marca do discípulo (Jo 13:34-35). Sem amor, nosso conhecimento, nossos dons, e
nossa própria ortodoxia não têm nenhum valor. Jesus está mais interessado em
nós do que em nosso trabalho. Odiar o erro e o mal não é o mesmo que amar a
Cristo. O trabalho de Deus não pode tomar o lugar de Deus na nossa vida. Deus
está mais interessado em relacionamento com Ele do que em trabalho para ele.
Abandonamos o nosso primeiro amor quando o nosso amor por Jesus é
substituído pelo nosso zelo religioso
• Defendemos nossa teologia, nossa fé, nossas convicções e estamos
prontos a sofrer e morrer por essas convicções, mas não nos deleitamos mais em
Deus. Não nos afeiçoamos mais a Jesus. Já não sentimos mais saudades de estar
com ele.
• Os fariseus eram zelosos das coisas de Deus. Observavam com rigor
todos os ritos sagrados. Mas o coração estava seco como um deserto.
• O amor esfria quando nosso conhecimento teológico não nos move a
nos afeiçoarmos mais a Deus. Conhecemos muito a Deus, mas não desejamos ter
comunhão com ele. Falamos que ele é todo-poderoso como Jonas, mas o desafiamos
com nossa rebeldia. Falamos que ele é amável, mas não temos prazer em falar com
ele em oração.
IV. JESUS 3. Abandonamos o nosso primeiro amor quando examinamos os outros e
não examinamos a nós mesmos
• A igreja de Éfeso examinava os outros e era capaz de identificar os
falsos ensinos, mas não era capaz de examinar a si mesma. Tinha doutrina, mas
não tinha amor. A igreja identifica o mal doutrinário nos outros, mas não
identifica a frieza do amor em si mesma. Identifica a heresia nos outros, mas
não a frieza do amor em si.
OFERECE À SUA NOIVA A CHANCE DE UM NOVO RECOMEÇO-V. 5,7
1. Lembra-te, pois de onde caíste - v. 5
• O passado precisa novamente tornar-se um presente vivo. Não basta
saber que é preciso arrepender-se. Precisamos perguntar: Para onde precisamos
retornar? Para o ponto do qual nos desviamos. Retornar para um lugar qualquer
só nos levaria para outros descaminhos.
• A igreja não está sendo chamada a relembrar o seu pecado. Não está
sendo dito: lembra em que situação caíste, mas de onde caíste.
• O Filho Pródigo começou o seu caminho de restauração quando lembrou da
Casa do Pai.
2. Arrepende-te - v. 5
• Arrependimento não é emoção, é decisão. É atitude. Não precisa existir
choro, basta decisão. O Filho pródigo não só se lembrou da Casa do Pai, mas
voltou para a Casa do Pai. Lembrança sem arrependimento é remorso. Essa foi a
diferença entre Pedro e Judas. Arrepender é mudar a mente, é mudar a direção, é
voltar-se para Deus. É deixar o pecado. É romper com o que está entristecendo o
Noivo. O que está fazendo o seu coração esfriar? Deixa isso. Arrependa-se.
3. Volta à prática das primeiras obras - v. 5
• Não arrependimento, e depois repetidamente arrependimento, mas
arrependimento e depois frutos do arrependimento, ou seja, as primeiras obras.
Ninguém se arrepende de um pecado e o continua praticando.
• É tempo de você voltar para Jesus. Você que se afastou dele, que está
frio. Você que deixou de orar, de se deleitar na Palavra. É tempo de se devotar
novamente ao Noivo.
4. Uma solene
advertência: e, se não, venho a ti a removerei do seu lugar o teu candeeiro
- v.5
• Candeeiro é feito para brilhar. Se ele não brilha, ele é inútil,
desnecessário. A igreja não tem luz própria. Ela só reflete a luz de Cristo.
Mas, se não tem intimidade com Cristo, ela não brilha, se ela não ama ela não
brilha, porque quem não ama está nas trevas.
• O juízo começa pela Casa de Deus. Antes de julgar o mundo, Jesus julga
a igreja. Hoje, só existem ruínas e uma lembrança de uma igreja que se perdeu
no tempo.
CONCLUSÃO
JESUS SE APRESENTA PARA TE DAR SEGURANÇA
JESUS CONHECE AS SUAS VIRTUDES
JESUS REPRENDE COM A SUA PALAVRA, AGRADEÇA
JESUS TE OFERECE UM NOVO COMEÇO
1 Louvor- Quero voltar ao início de tudo...
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