Igreja Presbiteriana do Brasil 157 anos


Igreja Presbiteriana do Brasil 157 anos Sexta-feira, 12 de agosto de 1859, 9:30 min da manhã. Simonton estava observando as manobras do navio para entrar no porto do Rio de Janeiro desde as 4 horas da madrugada. “A emoção foi grande ao ver o Pão de Açúcar, o Corcovado (...). Sentiria dificuldade em descrever a emoção que tomou conta de mim ao ver aqueles picos altaneiros dos quais tenho ouvido falar e lido tantas vezes, os quais me dizem que a viagem terminou e cheguei ao meu novo lar e campo de trabalho. A cidade sobre uma grande extensão de vales e montanhas, brilha ao sol com suas paredes caiadas de branco. Fazendo fundo para esta linda pintura, há uma cadeia de morros altos e montanhas.” E vai além e registra: “Desfiz-me da minha roupa de viagem, dando-a ao cabineiro do Banshee, em agradecimento pelos relevantes serviços que me prestou durante a jornada. Estou pronto pra desembarcar.” Pronto para anunciar o Evangelho aos brasileiros. A viagem durou ao todo 56 dias. Simonton, um jovem nascido e Educado na Pensilvânia, estudou Direito, interrompendo o curso para iniciar Teologia. Estudou Grego, Hebraico, latim, alemão e português, além do domínio de sua língua materna o inglês. Simonton era filho de presbiterianos, foi batizado na infância e dois anos após sua profissão de fé com 22 anos sentiu-se chamado para a obra missionário. Escolheu o Brasil e partiu. Depois de alguns meses no Brasil, “no dia 22 de abril de 1860, num domingo, Simonton realizou a primeira Escola Dominical em sua casa, sendo este seu primeiro trabalho em Português” (ATAÍDES, p. 40), o que o deixou muito feliz. Simonton não ficou apenas no Rio, mas visitou várias cidades dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, deixando nelas a semente do Evangelho, onde nasceram muitas igrejas presbiterianas. No final de 1862, ano que fundou a primeira Igreja Presbiteriana do Rio, voltou a sua terra para visitar sua mãe que estava enferma. Infelizmente, quando chegou ela já havia partido para o Senhor. Teve a oportunidade de rever seus irmãos pela última vez, descrevendo assim esse encontro: “a noite passada, ficamos conversando até tarde sobre o passado e sobre os que partiram. Cada um contribuía com maior ou menor parte dos tesouros de sua memória; muitos incidentes e lembranças foram revividos e a conexão do presente com o passado parecia completa” (MATOS, p. 154). Ainda no final daquele ano, Simonton conheceu a jovem Helen Murdoch com quem se casara em 19 de março de 1863. Em seguida, vieram para o Brasil e aqui Helen viveu cerca de um ano e veio a falecer por causa de complicações no parto. Simonton enlutado e sozinho escreveu suas mais dolorosas palavras: “Deus tenha piedade de mim agora, pois águas profundas rolaram sobre mim. Helen está estendida em seu caixão, na salinha de entrada. Deus a levou de repente que ando como quem sonha” (MATOS, p.164). A morte da esposa foi uma perda irreparável, um golpe do qual jamais se recuperou. No entanto, continuou o seu ministério com muito ardor. Com os colegas de ministério: Blackford, Schneider e Chamberlain, fundou algumas igrejas Presbiterianas (Rio, São Paulo e Brotas), organizou um Presbitério (o Presbitério do Rio de Janeiro), um jornal (Imprensa Evangélica), um Seminário (Seminário Primitivo) e uma Escola Paroquial (no Rio de Janeiro). Tudo isso ocorreu no curto período de oito anos e quatro meses. Simonton fazia incansavelmente a obra de Deus e o seu trabalho prosperava em vários lugares. Um dos frutos mais importantes do seu ministério foi a conversão do padre José Manuel da Conceição, conhecido como JMC, que se tornou uma peça-chave na evangelização de muitas cidades nos estados de São Paulo e sul de Minas Gerais. JMC foi o primeiro pastor brasileiro ordenado. Em novembro de 1867, Simonton foi acometido de febre amarela e não mais se recuperou. Apesar de ser devidamente assistido pelos médicos, não resistiu e faleceu precocemente, no dia 09 de dezembro de 1867, aos 33 anos. O túmulo do missionário Simonton está ao lado do de JMC, no Cemitério dos Protestantes, em São Paulo. E nós estamos dando sequência a esta história. Igreja Presbiteriana do Brasil 157 anos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

pedras preciosas na Bíblia- Cris Silvano

APOSTILA DE TREINAMENTO PARA PEQUENOS GRUPOS

Estamos ligados- Romanos 15.,5-7