O que aprendemos com o livro de Joel?
Tocai a trombeta em Sião e daí voz de rebate no meu santo monte; perturbem-se todos os moradores da terra, porque o Dia do Senhor vem, já está próximo. (2.1)
O nome Joel quer dizer: Javé e Deus (O Senhor é Deus) A única coisa que sabemos de Joel é que o nome de seu pai era Petuel. O livro sugere que ele seja de Jerusalém, portanto Reino do Sul, pois demonstra um grande interesse pela Casa do Senhor (1.9, 13-14; 2.14-17, 32). Porém não é possível datar sua profecia pois não vincula seu ministério a nenhum rei. Segundo o comentário da Bíblia de Genebra, Alguns estudiosos datam o livro no século IX a.C, outro durante o século VI, mas a maioria prefere data-lo após o exilio (entre 500 e 520 a.C). Ainda Segundo o comentário da Bíblia de Genebra, a datação pós exílica é a mais convincente, concordando com o comentário de Calvino de que a data do livro simplesmente não pode ser determinada com certeza.
A mensagem central do livro do Joel diz respeito ao “Dia do Senhor”. Joel introduz este dia no contexto da então presente destruição da vegetação terrestre feita por gafanhotos, destruição que era um sinal do julgamento de Deus contra a comunidade da aliança. Somente o retorno deles para Deus poderia evitar o Dia do Senhor.
O arrependimento é o tema-chave da mensagem profética de Joel. O chamado ao arrependimento é oferecido a todo o povo: Jovens e idosos, homens e mulheres, líderes e seguidores; e mesmo para aqueles que poderiam estar isentos das responsabilidades comunitárias (mulheres que amamentam e recém-casados 1.13-14; 2.15-17).
O livro de Joel tem ocupado um lugar importante na vida da Igreja. O Novo testamento indica que Jesus e seus seguidores estavam familiarizados com os escritos de Joel. A influência é mais evidente em passagens que abordam o fim dos tempos. Também são importantes as promessas de Joel 2.28-32, que Pedro cita no Pentecostes, afirmando que elas se cumpriram no Pentecostes (At 2.16-21). Paulo em Rm 10.13 também se refere à profecia; ele utiliza Joel 2.32 para demonstrar que não há distinção entre judeu e grego. A salvação é oferecida a todos os povos.
Aprendemos com Joel que nem toda tragédia da vida é sinal de julgamento direto de Deus- Deus pode usar uma crise a fim de sensibilizar o seu povo a uma total dependência dEle. Devemos ter sensibilidade para entender o que nos acontece.
A restauração da vida não é automática, mas requer arrependimento, obediência e fidelidade a Deus- Muitos querem reconstruir a vida, mas não querem retirar os escombros deixados pela obra anterior. Edificam sobre os escombros e descobrem que a base é mais frágil que a anterior.
O Espírito foi derramado a partir do Pentecostes, mais ainda existem outras profecias no livro que ainda se cumprirão-Devemos continuar firmes. “O dia do Senhor virá!”
Graça e Paz
Comentários