COMO OVELHAS SEM PASTOR
E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. (Mt 9.35-38)
Sempre existiram pessoas aflitas e abandonadas, como ovelhas que não têm pastor, hoje em dia temos a ideia de que mais pessoas passam por situações difíceis devido à mídia globalizada (transmissão simultânea mundial atrás de diversos meios de comunicação). Sempre nos noticiários da tv assistimos imagens da Síria ou do Norte da África. E agora no Brasil com a questão da crise econômica e consequentemente do desemprego (oito milhões e seiscentos mil desempregados- pessoas com idade economicamente ativa), nossos olhos lacrimejam por ver famílias desesperadas sem perspectivas para o futuro. Jesus viu a multidão, fez algo por eles, mas disse que a seara é muito além daquele número que os discípulos estavam visualizando; por isso, eles deveriam orar para que Senhor enviasse mais trabalhadores comprometidos, que multiplicassem o ensino do Mestre, cuidando de pessoas. Quero refletir com você três aspectos que destaquei do texto: 1º A existência de pessoas aflitas- Jesus olhou para as multidões e viu os aflitos. Podemos ver claramente que Jesus e os discípulos estavam em um número menor que a multidão. Talvez hoje a multidão esteja também dentro da Igreja (pelo menos fisicamente). Quando falamos de aflitos, desesperados, ovelhas sem pastor; pensamos sempre nos “incrédulos”; mas eles estão entre nós. O trabalho do servo de Deus como multiplicador do cuidado, começa no seu lar e na Igreja. Olhamos para fora, mas muitas vezes esta multidão está dentro. Trabalhador, preste atenção! Precisamos cuidar uns dos outros. 2º Poucos trabalhadores- Você já discipulou alguém? Em Mateus 28.19, Jesus dá uma ordem à Igreja: Fazei discípulos! Infelizmente tem crente achando que fazer discípulo é convidar a pessoa para ir a Igreja. Na verdade é muito mais que isso e começa antes da pessoa vir à Igreja, e só termina quando o discípulo superar o discipulador ou quando for para a Glória. Se você não foi discipulado, eu entendo, pois isso também aconteceu comigo; porém precisamos mudar este rumo. Precisamos abrir os olhos para a colheita. Vamos discipular e procurar nossos discipuladores. A preparação dos trabalhadores- Jesus caminhou com 12, depois 70, foi para glória, deixou 120, depois da pregação de Pedro mais 3.000; em Atos 4.4 quase 5.000 e assim a Igreja foi crescendo aprendendo um com o outro. Precisamos entender que o maior treinamento é viver em comunhão com Deus e com os irmãos. Precisamos estudar a Palavra juntos, precisamos participar de refeições juntos precisamos caminhar juntos. Planejamos que a Igreja viva relacionamentos e amar e perdoar faz parte disso. Como é possível viver num lugar maravilhoso chamado Igreja e dizer que não ama e não perdoa seu irmão? Como ensinar ao novo convertido o caráter de Cristo se ele não vê esta prática na Igreja? Os aflitos estão em todos os lugares, os trabalhadores precisam estar atentos para a colheita e por isso necessitam treinar e por em pratica o que aprenderam.
Graça e paz
Pr Janoí Mamedes
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