Gálatas

Carta aos Gálatas Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? (Gl 3.1-2) Geralmente quando pensamos na carta do Apóstolo Paulo aos Gálatas vem em mente a palavra “Insensatos”. O termo “insensato” quer dizer - falta de senso ou razão; demente; louco. Realmente percebemos que Paulo não estava fazendo elogios aqueles irmãos, Aliás ele não faz elogios em toda a carta, pois eles estavam rapidamente se desviaram do evangelho que Paulo pregava, o evangelho da Graça, para dar ouvidos aos judaizantes (judeus convertidos ao cristianismo que pregavam a prática da lei, até mesmo aos gentios, para que recebessem a fé evangélica). Gálatas fornece ainda informações históricas valiosas acerca da situação de Paulo (caps. 1 e 2), não mencionada em Atos, inclusive os três anos em que permaneceu na Arábia (1. 17-18), a visita de 15 dias a Pedro após a estada na Arábia (1. 18-19) a viagem para o Concílio de Jerusalém (2. 1-10) e o confronto entre ele e Pedro (2. 11-21).O tema central de Gálatas (bem como o de Romanos) é a justificação pela fé. Paulo defende essa doutrina (o coração do evangelho) em suas ramificações teológicas (caps. 3 e 4), e prática (caps. 5 e 6) ele também defende sua posição como apóstolo (caps. 1 e 2) uma vez que os falsos mestres tentavam conquistar a audiência para seu ensino herético mediante o enfraquecimento de sua credibilidade, como ocorrera em Corinto. Os principais temas teológicos de Gálatas são muito similares aos de Romanos, por exemplo, a inabilidade da lei para justificar (2. 16; veja Rm 3. 20); a “morte” dos crentes para a lei (Gl 2. 19; veja Rm 7. 4); a crucificação do cristão com Cristo (2. 20; veja Rm 6. 6); a justificação de Abraão pela fé (3. 6; veja Rm 4. 3); os crentes são filhos espirituais de Abraão (3. 7; veja Rm 4. 10 e 11); e, portanto, abençoados (3. 9; veja Rm 4. 23,24); a lei não traz salvação, mas a ira de Deus trás (3. 10; veja Rm 4. 15) o justo vive pela fé (3. 11; veja Rm 1. 17); a universalidade do pecado (3. 22; veja Rm 11. 32); os crentes como espiritualmente batizados em Cristo (3. 27; veja Rm 6. 3); os crentes adotados como filhos espirituais de Deus (4. 5-7; veja Rm 8. 14-17); o amor cumprindo a lei (5. 14; veja Rm 13. 8-10); a importância de andar no espírito (5. 16; veja Rm 8. 4) a luta da carne conta o Espírito (5. 17; veja Rm 7. 23, 25); a importância de os cristão ajudarem a levar cargas uns dos outros (6. 2; veja Rm 15. 1). Portanto amado (a), quando pensar na carta aos Gálatas lembre de Graça, salvação pela fé, justificação, comunhão. Lutero comentou esta carta e declarou: “A epístola aos Gálatas é a minha epístola. Diante dela sou como quer preso por laços matrimoniais. Ela é a minha Katherine.” Lutero considerava a epistola aos Gálatas melhor que todos os livros da Bíblia. “O grito de guerra da Reforma”, “ a grande autora da liberdade religiosa”, “ a declaração da independência do cristão” (William Hendriksen). Esta carta é importante, pois em qualquer época ela responde às questões básicas do coração do homem. “Como posso encontrar a verdadeira alegria?” “Como posso obter a Paz, a tranquilidade, a libertação do medo?”.

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