ISAÍAS
A força da poderosa Assíria pairava densamente sobre os outros impérios e reinos menores do Oriente Médio. Toda a área estava agitada com conversas sobre conspiração e confederação. (Is.8:9-13) No Norte, o Israel apóstata logo seria vítima dessa intriga internacional, ao passo que no Sul, os reis de Judá reinavam precariamente. (2 Reis,caps.15-21). Para onde era preciso voltar-se em busca de proteção e salvação? Embora o nome de Deus estivesse nos lábios do povo e dos sacerdotes no pequeno reino de Judá, seu coração se desviara para outras direções. Desvanecia a fé no poder de Deus. Quando não se tratava de idolatria, prevalecia o modo hipócrita de adorar, baseado no formalismo e não no verdadeiro temor de Deus.
Quem declararia o poder de salvação que vem de Deus? “Eis-me aqui! Envia-me a mim”, foi a resposta imediata. Quem falava era Isaías, filho de Amoz (não deve ser confundido com Amós, outro profeta de Judá). (1:1) As Escrituras não dizem nada sobre o nascimento e a morte dele, embora a tradição judaica diga que ele foi serrado ao meio por ordem do iníquo rei Manassés. (Compare com Hebreus 11:37.) Seus escritos mostram que residia em Jerusalém com a esposa, uma profetisa, e com pelo menos dois filhos que tinham nomes proféticos. (Is. 7:3; 8:1, 3) Serviu durante o tempo de pelo menos quatro reis de Judá: Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias; evidentemente começando por volta de 740 a.C (quando Uzias morreu, ou possivelmente antes disso) e continuando pelo menos até depois de 680 a.C (o 14° ano de Ezequias), Deus ordenou a Isaías que assentasse por escrito os julgamentos proféticos, Isaías 30:8: “Vai, pois, escreve isso numa tabuinha, perante eles, escreve-o num livro, para que fique registrado para os dias vindouros, para sempre, perpetuamente.”. Além de Moisés, não há outro profeta que seja citado com mais frequência pelos escritores cristãos da Bíblia. Há também uma abundância de evidências na história e na arqueologia que provam episódios escritos no livro, tais como as narrativas históricas dos monarcas assírios, também o prisma hexagonal de Senaqueribe, no qual ele faz seu próprio relato sobre o sítio de Jerusalém.
Isaías foi a boca de Deus para convocar o povo a confiar no Senhor. Isaías também escreveu várias profecias como a restauração de Jerusalém, indicando Ciro, o imperador Persa como o libertador do povo; fato este ocorrido quase 100 anos depois. Foi usado por Deus para abençoar o rei Ezequias e anunciar o julgamento a diversas nações. Mas sua maior profecia foi sobre Jesus. Ele anunciou que viria de uma Virgem “...eis que a virgem conceberá e dará luz um filho e lhe chamará Emanuel” (7.14); “porque um menino nos nasceu...e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (9.6), “certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si”; Anunciou também João Batista: “Voz que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor..” (40.3). Declarou ainda a vocação dos gentios, algo inadmissível para o judeu até os dias de hoje.
Através deste pequeno texto você pôde perceber como Deus usou de forma Maravilhosa seu servo Isaías. Por isso te convido a fazer a leitura deste livro e descobrir que ele não fala somente de profecias às nações e povos, mais também fala conosco nos dias de hoje. Por exemplo: Leia Isaías 40.10-13, e seja confortado pelo Senhor.
Graça e Paz.
Pr Janoí Mamedes
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