APOSTILA 21- ESTER
Livros históricos: Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis, I Crônicas, II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
O livro de Ester se diferencia de todos os outros livros da Bíblia, pois não contém uma úni-ca menção ao nome de Deus. Apesar de não mencionar o nome de Deus, há abundantes sinais de que Ele está operando. O livro registra o livramento por Deus de seu povo, de uma ameaça de destruição.
Dentre o vasto império persa que se estendia da Índia a Etiópia; Xerxes (o rei Assuero) reuniu governadores e oficiais em Susã (capital persa), para um período de seis meses, durante o terceiro ano de seu reinado. Em uma celebração de sete dias ele alegrou seus convidados com banquetes e vinhos; ao mesmo tempo em que a rainha Vasti servia de anfitriã no banquete para as mulheres. No sétimo dia Assuero, já estando embriagado, exigiu o comparecimento de Vasti, para que exibisse sua coroa e sua beleza. Ela ignorou a ordem do rei. Assuero ficou furioso e ao se reunir com os sábios, resolveu banir Vasti da corte real. As mulheres de todo o reino foram advertidas a honrarem seus maridos, para que não seguissem o exemplo de Vasti.
Fez então o rei uma seleção para a escolha de uma nova rainha. Donzelas foram escolhi-das por todo o reino persa, sendo trazidas à corte do rei em Susã. Entre elas achava-se Ester que ocultou sua identidade a pedido de seu primo; ela superou a todas e foi coroada rainha.
Mordecai expressou profunda preocupação para com o bem estar de sua prima, ficando nas proximidades da corte real. E assim quando estava no portão do palácio ficou sabendo que dois guardas conspiravam para assassinar o rei. Por intermédio de Ester o plano dos soldados chegou ao conhecimento das autoridades e os culpados foram enforcados, ficando registrado em livro o nome de Mordecai com o alguém que salvou a vida do rei.
Hamã, membro influente da corte do rei, foi subindo de categoria, ficando acima dos ou-tros, e sempre exigindo reverência. Observando que Mordecai não se prostrava diante dele, e sabendo que Mordecai era judeu, hamã traçou planos para destruir todo o seu povo. Lançando suspeitas diante do rei de que o povo judeu era perigoso e que seria lucrativo acabar com esse povo e confiscar seus bens, Hamã conseguiu convencer o rei a aceitar seu pedido. No décimo terceiro dia de Nisã (primeiro mês) foi expedido um decreto visando o extermínio dos judeus. Ha-mã designou o décimo terceiro dia do mês de Adar (o décimo segundo mês) como a data da execução (esta data foi escolhida tirando sorte, como dados, “Pur” ). Por onde quer que o decreto fosse publicado os judeus reagiam com jejuns e lamentações. Quando Ester foi comunicada por seu primo, resolveu arriscar a própria vida e pediu para que o povo se entregasse a um jejum de três dias.
No terceiro dia Ester fez o seu pedido ao rei. Convidou o rei e Hamã para um banquete. Nessa oportunidade ela não deixou transparecer sua real preocupação, mas apenas convidou o rei e Hamã para outro banquete no dia seguinte. A caminho de casa Hamã estava alegre, porém, quando encontrou Mordecai que se recusou a prestar-lhe reverência, muito se enfureceu; ouvindo conselhos de sua mulher Zeres e seus amigos, resolveu mandar construir uma forca para enforcar Mordecai.
Naquela mesma noite o rei não conseguiu dormir e pediu para que fosse lida as crônicas reais. Imediatamente quando soube que Mordecai nunca fora recompensado por salvar sua vida, resolveu fazer algo. Naquele momento chega Hamã, na esperança de obter a provação do rei para enforcar Mordecai. E antes que falasse perguntou o rei a Hamã: O que deveria fazer ao ho-mem que o rei desejaria honrar? Hamã plenamente confiante que seria o beneficiado recomen-dou que tal pessoa se fizesse vestir os trajes reais, pondo inclusive a coroa, que fosse escol-tado por um nobre príncipe pela praça da cidade, e que o fizesse montar ao cavalo do rei ao mesmo tempo em que pessoas diziam: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar. Hamã ficou chocado quando soube pela boca do rei que deveria fazer tudo isso ao judeu Morde-cai. No segundo banquete que Ester preparou, perguntando o rei o que ela desejava, na presen-ça de Hamã, ela implorou ao rei que salvasse sua própria vida e a de seu povo. Quando o rei perguntou quem poderia se levantar contra o povo de Ester, ela apontou Hamã. O rei ficou enfu-recido e saiu da mesa; quando voltou viu Hamã caído no divã da rainha (pois ele insistia para que ela mudasse a ideia); então o rei mandou executar Hamã na forca que preparou para Morde-cai.
Mordecai tornou-se influente na corte, e com a aprovação do rei, expediu um decreto de-clarando que os judeus teriam permissão de vingar-se de quaisquer adversários que porventura pretendessem atacá-los. A data crucial foi o 13° dia do mês de Adar . Purim foi o nome dado a esse feriado, porque Hamã havia determinado tal data mediante o lançamento de sortes.
O cuidado de Deus para com o seu povo, nem sempre é aparente, mas sempre eficaz. O nome de Deus não se menciona neste livro, mas pode-se ver a sua mão.
Obs: O livro pode ter sido escrito para explicar a origem da festa do Purim. Myer Pearlman declara que o autor do livro é desconhecido podendo ser Mordecai, ou mesmo Esdras.
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