O que Podemos Aprender com o Deserto
O livro de Êxodo narra a maravilhosa história de um povo (que teve início com a família de Jacó) e que saiu do Egito a procura da Terra Prometida. Uma viagem que poderia durar 40 dias, mas levou 40 anos. Diante dos erros daquela geração, Deus utilizou o deserto para escolher os que entrariam na “Terra que mana leite e mel”.
Após as pragas sobre o Egito e a maravilhosa saída, o povo já começou a murmurar. Deus torna a águas amargas em doces e encaminha o povo para um oásis contendo doze fontes de água e setenta palmeiras. Após um episódio de fome Deus envia o Maná. O povo reclama então da falta de carne e Deus envia codornas. Em Refidim Deus fez Moisés tirar água da pedra. Deus fala com Moisés no monte Sinai e anuncia os Dez Mandamentos e mais diversas leis; anuncia como quer a construção do tabernáculo e como o povo deveria proceder. Antes de descer do monte com as tábuas da Lei Deus revela a Moisés que o povo se corrompeu; Moisés intercede pelo povo, porém quando encontra o povo adorando um bezerro de ouro quebra as tábuas da Lei, destrói o ídolo e manda matar os infiéis. Ele intercede novamente pelo povo e Deus envia um anjo e mais tarde as segundas tábuas da Lei, fazendo assim mais uma aliança com o povo.
Com esse breve resumo da história do livro de Êxodo podemos aprender que o Deserto faz parte do caminho da liberdade- Deus tinha reservado uma terra, mas queria testar o seu povo. Aprendemos também que a murmuração demostra nossa falta de fé, e sem fé é impossível agradar a Deus. Aprendemos ainda que as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, e que Deus ouve o seu ungido (no caso Moisés) e dá mais uma chance.
Relendo o texto de êxodo percebi que o deserto mexe com a cabeça do ser humano. È difícil imaginar que uma pessoa em sã consciência, sendo ele o sacerdote, produza um bezerro de ouro para ser alvo de adoração de um povo que presenciou vários milagres de Deus. É, foi assim com Arão, o que foi escolhido para ser a boca de Moisés; o sacerdote do povo do deserto. Bastou Moisés demorar um pouco de sua peregrinação ao Monte Sinai, e Arão, pressionado pelo povo, se deixa levar pela idolatria. Só não foi morto por Deus porque Moisés intercedeu por ele.
Percebi também que Deus sempre prepara um oásis. Ele não permite que o deserto nos consuma. A Igreja é um oásis em meio ao deserto, desfrute da fonte de água e dos frutos que as árvores produzem.
Preste atenção não murmure, não desagrade ao Senhor criando deuses. Não permita que o deserto mexa com a sua cabeça. Agradeça. È melhor o deserto com Deus que o Egito sem Ele.
Graça e Paz
Rev. Janoí Mamedes
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