Ouvir e Dialogar (Qualidade de vida Emocional)

OUVIR E DIALOGAR

Na semana passada estudamos mais um ponto da qualidade de vida emocional. Ouvir e dialogar. A arte de ouvir é:
Ø Arte de esvaziar para ouvir o que os outros têm para dizer e não o que queremos ouvir.
Ø A capacidade de se colocar no lugar dos outros e perceber suas dores e necessidades sociais.
Ø Penetrar no coração psíquico e desvendar as causas da agressividade, da timidez, da angústia, dos comportamentos estranhos.
Ø Interpretar o que as palavras não disseram e o que as imagens não revelaram.
Ø Ter sensibilidade para respeitar as lágrimas visíveis e perceber as que nunca foram choradas.

A arte de dialogar é:

Ø Arte de falar de si mesmo.
Ø Trocar experiências de vida.
Ø Revelar segredos do coração.
Ø Ser transparente. Não simular os sentimentos e as intenções.
Ø Não ter vergonha de suas falhas nem medos de seus fracassos.
Ø Respeitar os limites e os conflitos dos outros. Não dar respostas superficiais.

As duas artes se completam. Uma depende da outra. Quem não aprende a ouvir nunca saberá dialogar. Quem não aprende a falar de si mesmo nunca será um bom ouvinte.
Na semana passada conversamos sobre a importância de ouvir e dialogar na relação conjugal e no relacionamento pais e filhos.
Quem deseja cultivar o amor precisa ter coragem para fazer pelo menos quatro importantes perguntas durante toda vida à pessoa que ama: Quando eu a decepcionei? Que comportamentos meus a aborrecem? O que devo fazer para torná-la mais feliz? Como posso ser um amigo melhor?
Belos casais com belos começos têm tristes finais porque não treinam ser amigos, não treinam trocar experiências. Raramente reconhecem seus erros.
Para dialogar é necessário não ter medo de reconhecer as próprias falhas nem ter vergonha de si mesmo. Para ouvir é necessário não ter medo do que o outro vai falar. É preciso cumplicidade. Uma das coisas mais relaxantes de uma relação é ter convicção de que não somos perfeitos, é saber que precisamos um do outro.
Com respeito ao relacionamento com filhos dentre o que conversamos, destacamos:
Ø Tenha coragem de contar aos seus filhos seus dias mais tristes. Conte sua história.
Ø Elogie mais, critique menos.
Ø Se você errar dê exemplo, peça desculpas.
Ø Nunca critique antes de valorizá-lo.

Jesus nos deu excelentes lições sobre ouvir e dialogar. No Getsêmani antes de ser preso teve a coragem de chamar um grupo (Pedro Thiago e João) e falar de suas dores e sofrimentos. Não teve medo de ser incompreendido, julgado criticado.


Para refletir:
Ø Quando você escuta alguém procura se colocar no lugar dele ou ouve o que quer ouvir?
Ø Você tem medo de falar de si? Tem medo de ser criticado, julgado, incompreendido?
Ø Como está seu relacionamento conjugal? Você tem sido um livro aberto para quem você ama? Estão faltando elogios e sobrando críticas? Você tem feito pequenos gestos para encantar seu cônjuge?
Ø Como está seu relacionamento com seus filhos? Você os critica muito? Tem cruzado sua história com a deles? Tem parado par ouvi-los, Conhece seus sonhos, seus temores, suas angústias? Eles o conhece? Conhecem suas metas, sucessos, fracassos e lágrimas?
Ø Jesus não teve vergonha de falar de si, não teve medo de suas angústias. Existe alguma dor emocional ou conflito sobre o qual você gostaria de falar e não tem conseguido?

Dicas

Ø Faça uma avaliação de seu relacionamento com Pais, filhos, cônjuge, amigos irmãos da Igreja. Que nota você daria de 0 a 10 ? leve em consideração se você conhece internamente, se trocam experiências e qual a freqüência do diálogo.
Ø Desligue a TV e chame seus filhos, cônjuge, quem você ama para dialogar uma vez por semana. De vez em quando saia apenas com um filho ou cônjuge e dialogue abertamente com ele.
Ø Surpreenda com pequenos gestos a quem você ama. Perca o medo de chorar, de pedir desculpas, de dizer que ama, que precisa do outro.
Ø Treine se colocar no lugar dos outros e compreender o que está por trás de suas reações, as causas de seus comportamentos. Ouça mais, julgue menos e entenda mais.
Ø Seja espontâneo, livre e transparente. Não fique o tempo todo preocupado no que os outros pensam e falam de você.



Que tudo isso lhe ajude a ter qualidade de vida emocional.



Rev. Janoí Mamedes

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