David Livingstone (1823-1873)

-- Conta-se que em Glasgow, um missionário foi convidado para falar ao corpo discente da Universidade local. Os alunos resolveram vaiar, fazendo muito barulho; porém após a entrada de Livingstone magro depois de cair trinta e uma vezes de febre nas matas da África e com o braço descansado numa tipóia, depois de um encontro com um leão. Os alunos ficaram em silêncio e ouviram com respeito tudo que tinha para falar. David Livingstone nasceu na Escócia em uma família cristã; com nove anos de idade ganhou um Novo Testamento quando conseguiu repetir de cor o salmo 119. Como a família era pobre, precisou trabalhar desde dez anos de idade em uma tecelagem das 6 da manhã às 8 da noite; com parte do salário da primeira semana comprou uma gramática de latim que deixava aberta enquanto trabalhava na máquina de fiar o algodão e às 8 da noite seguia para a escola noturna. Desde criança ouvia falar do corajoso missionário Guttzlaff que dedicou sua vida a obra na China. Com 9 anos de serviço na fábrica foi promovido e conseguiu completar seus estudos recebendo o diploma de licenciado da Faculdade de Médicos e Cirurgiões de Glasgow. Procurou então a sociedade Missionária de Londres com desejo de ir à China, porém por causa da guerra, não pode seguir. Em certa ocasião ouviu o missionário Roberto Mofatt falando dos desafios da África e então resolveu seguir para aquele campo. Chegou à África com muita dificuldade, aprendeu rapidamente a língua e os costumes e se tornou um missionário desbravador, descobrindo rios e demais fontes de água no interior daquele continente. Casou com Maria, a filha mais velha do missionário Mofatt e teve seis filhos. Foi o primeiro missionário e até mesmo o primeiro homem branco a ser visto por muitas tribos do interior; teve muitos problemas com escravagistas e tribos que o temiam por conta da sua cor. Amou o povo africano, pregou o Evangelho, desbravou a selva, contribuiu muito para a ciência e foi honrado na Inglaterra. Após dezessete anos de ausência, retorna a Inglaterra, mas não podia nem mesmo participar dos cultos, pois o povo queria ao menos tocar nele. Apesar de insistirem para que ficasse, voltou para a África. Em 1862 perdeu a esposa, vítima de febre. Sua última viagem foi para Luapula, chovia muito e Livingstone tinha dificuldade para caminhar sendo levado pelos companheiros, todos indígenas. Suas últimas palavras no diário foram: “Cansadíssimo, fico...recuperada a saúde...estamos na margem do Rio Mililamo”. No dia 1 de maio de 1873 o fiel amigo Susi achou David, de joelhos, ao lado da cama, morto. Orou enquanto viveu e partiu deste mundo orando. Seu coração foi enterrado debaixo de uma árvore em Chitambo, seu corpo embalsamado, transportado para a Inglaterra e sepultado na abadia de Westminster entre monumentos dos reis e heróis daquela nação. Foi fácil identificar o corpo, pois o osso de cima do ombro tinha as marcas do dente do leão que o atacara. Um grande exemplo de dedicação, abnegação e fé. A Seara é grande, mas são poucos os trabalhadores.

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